A pandemia coloca no radar dos colombianos a importância de ir ao psicólogo
A pandemia do coronavírus fez com que os colombianos voltassem sua atenção para a necessidade e as vantagens de proteger a saúde mental por meio da consulta com profissionais de Psicologia.
Publicado originalmente em La Vanguardia (Colômbia) A pandemia do coronavírus fez com que os colombianos voltassem sua atenção para a necessidade e as vantagens de proteger a saúde mental por meio da consulta com profissionais de Psicologia. Especialistas da Universidade ISEP do México, centro educativo que acaba de chegar ao país, alertaram que a perda de entes queridos, a situação econômica, o risco de contrair o coronavírus, a pressão gerada pelos meios de comunicação, o isolamento e agora o retorno alternado aos contextos laborais e educativos aumentaram o interesse pela atenção psicológica. “Todos esses são elementos desequilibrantes do estado emocional e colocaram a população em uma situação de risco ou vulnerabilidade para sofrer transtornos mentais”, comentou Rodrigo Riaño, Reitor da ISEP Colômbia, para quem este é um momento ideal para conscientizar os colombianos sobre o quão normal e vantajoso é ir ao psicólogo, como ocorre em outros países do nosso continente, como Argentina. Em termos de saúde mental, a Colômbia está sofrendo, como todos os países, as consequências da Covid-19: em 2020, o DANE revelou que, após uma pesquisa realizada com 20.452 colombianos, 36 por cento da população estava preocupada ou nervosa e, entre esse grupo, as mulheres manifestavam em maior proporção cansaço, tristeza e dificuldades para dormir. “Embora esses dados correspondam a uma amostra populacional, não devem estar longe da realidade, sobretudo se considerarmos que nas pesquisas de saúde mental de 1993, 1997, 2003 e 2015, a ansiedade e a depressão aparecem como os transtornos mentais mais prevalentes presentes em adolescentes, adultos e idosos”, acrescentou Riaño. Outro problema que preocupa nessa situação é o aumento do risco de suicídio, os transtornos associados ao consumo de substâncias psicoativas e álcool e os transtornos alimentares, que há anos estão entre as principais doenças de saúde mental no país. Há talento humano suficiente? No que diz respeito à formação do talento humano, os especialistas da Universidade ISEP asseguram que é necessário garantir que os profissionais de saúde mental tenham um amplo espectro de formação especializada para atender múltiplos tipos de transtornos. Nesse aspecto, o país “tem uma boa oferta de programas de pós-graduação”, embora a maioria “seja na modalidade presencial e isso deixa um espectro importante de profissionais sem a possibilidade de acessar esses estudos avançados; principalmente aqueles que se formam nas regiões através de programas de psicologia na modalidade virtual”, explicaram. Segundo dados reportados por Julián de Zubiría na revista Semana em 2 de março de 2020, na Colômbia há 11 psicólogos para cada 100.000 habitantes, enquanto na Argentina, onde a psicoterapia faz parte da cesta familiar, há 200. No país, existem mais de 130 programas de Psicologia registrados no SNIES e mais de 150 pós-graduações na área de psicologia, dos quais apenas 6 são a distância ou na modalidade virtual e nenhum deles está relacionado a aspectos clínicos da infância, adolescência ou idade adulta. De acordo com o Sistema Nacional de Informação da Educação Superior (SNIES), entre 2001 e 2018 se formaram no país 107.288 profissionais na área de psicologia. Destes, 88.246 são mulheres. Para contribuir na superação dessa lacuna, a Universidade Internacional Superior de Estudos Profissionais (ISEP) anunciou com sua chegada à Colômbia que concederá uma bolsa de 70% na inscrição para os estudantes interessados em algum dos pós-graduações que oferecerá no país através de seu escritório no México, com o objetivo de certificar competência em diferentes áreas da psicologia clínica, aplicável a todas as suas formações na modalidade 100% online com acompanhamento de tutores e especialistas na área.
Como enfrentar esta situação criada pela pandemia? “A problemática deve ser abordada, por um lado, a partir da política pública, buscando que realmente haja uma promoção da saúde mental entre os colombianos e um sistema eficaz de prevenção primária, secundária e terciária”, disse Riaño. Essa política pública deve convencer os colombianos dos benefícios para sua saúde ao atenderem suas necessidades emocionais e mentais com um profissional, segundo a ISEP. “Como sociedade, ainda estamos acostumados a tentar esconder o sofrimento psicológico, como se fosse algo anormal, e quando ocorrem ondas de violência, vandalismo, agressões, feminicídios, suicídios, assédio no trabalho, bullying, tendemos a considerar que são o resultado de fenômenos políticos, sociais e até educativos, sem assumir que fazemos parte de uma sociedade doente do ponto de vista mental”, acrescentou Riaño. Outro âmbito importante é o educativo: segundo Riaño, é fundamental abordar o tema da promoção da saúde mental desde as escolas em idades precoces. É crucial ensinar às crianças sobre a normalidade do sofrimento psicológico e acostumá-las a entender que não há nada de errado em solicitar ajuda psicológica.
Há talento humano suficiente? No que diz respeito à formação do talento humano, os especialistas da Universidade ISEP asseguram que é necessário garantir que os profissionais de saúde mental tenham um amplo espectro de formação especializada para atender múltiplos tipos de transtornos. Nesse aspecto, o país “tem uma boa oferta de programas de pós-graduação”, embora a maioria “seja na modalidade presencial e isso deixa um espectro importante de profissionais sem a possibilidade de acessar esses estudos avançados; principalmente aqueles que se formam nas regiões através de programas de psicologia na modalidade virtual”, explicaram. Segundo dados reportados por Julián de Zubiría na revista Semana em 2 de março de 2020, na Colômbia há 11 psicólogos para cada 100.000 habitantes, enquanto na Argentina, onde a psicoterapia faz parte da cesta familiar, há 200. No país, existem mais de 130 programas de Psicologia registrados no SNIES e mais de 150 pós-graduações na área de psicologia, dos quais apenas 6 são a distância ou na modalidade virtual e nenhum deles está relacionado a aspectos clínicos da infância, adolescência ou idade adulta. De acordo com o Sistema Nacional de Informação da Educação Superior (SNIES), entre 2001 e 2018 se formaram no país 107.288 profissionais na área de psicologia. Destes, 88.246 são mulheres. Para contribuir na superação dessa lacuna, a Universidade Internacional Superior de Estudos Profissionais (ISEP) anunciou com sua chegada à Colômbia que concederá uma bolsa de 70% na inscrição para os estudantes interessados em algum dos pós-graduações que oferecerá no país através de seu escritório no México, com o objetivo de certificar competência em diferentes áreas da psicologia clínica, aplicável a todas as suas formações na modalidade 100% online com acompanhamento de tutores e especialistas na área.