O fonoaudiólogo é um profissional dotado de habilidades para a avaliação, estudo, detecção, estimulação, diagnóstico e tratamento dos distúrbios que afetam a comunicação humana: linguagem, fala e voz, em sua compreensão e expressão.
Por Dra. María Jiménez O fonoaudiólogo tem a capacidade de estudar, analisar, compreender e intervir terapêutica e pedagogicamente nas diferentes alterações que podem ocorrer nos processos de comunicação humana. Nesse sentido, ele lida com as dificuldades e os distúrbios que afetam a voz, a articulação, a fala e a linguagem oral, escrita e não verbal. Portanto, ele avalia de forma abrangente os distúrbios da comunicação humana, da fala ou da linguagem, da compreensão ou da expressão e aplica várias técnicas de reeducação.
Para realizar o acima exposto, o fonoaudiólogo conhece e domina o componente teórico e prático da disciplina, é crítico, pesquisador, mantém-se atualizado com as últimas tendências e gerencia as tecnologias de comunicação e informação. Vale ressaltar que, para mencionar as funções implícitas na prática profissional do fonoaudiólogo, devemos nos referir à origem etimológica da palavra fonoaudiologia, que vem do grego logos, que significa palavra, e paideia, educação; Portanto, a fonoaudiologia, conhecida na América Latina como terapia da linguagem, é o estudo científico dos distúrbios da comunicação, da linguagem, da fala, da voz e da pronúncia, cujo campo de ação é reeducar por meio da prevenção, do aprimoramento, da avaliação e da facilitação do tratamento global das habilidades motoras e sensoriais que melhoram o processo comunicativo. (Nolla e Tàpias, 2015).
Deve-se acrescentar que essas tarefas são realizadas pelo fonoaudiólogo em centros de atendimento precoce, centros de fonoaudiologia infantil e centros educacionais para crianças e jovens, intervindo no desenvolvimento das habilidades comunicativas necessárias para seu desenvolvimento. Da mesma forma, seu trabalho se estende a centros de saúde nas áreas de foniatria, otorrinolaringologia, cirurgia maxilofacial, neurologia, reabilitação de danos cerebrais, serviços neonatais e pediátricos, neuropediatria, psiquiatria, psicologia, reabilitação, geriatria, oncologia, unidades de terapia intensiva, entre outros (Gómez Taibo, 2020). Do exposto, pode-se inferir que o fonoaudiólogo emprega práticas educativas, ou seja, reeduca as pessoas aplicando técnicas de estimulação, prevenção, detecção e diagnóstico das dificuldades que surgem em distúrbios ou deficiências, por um lado, na voz que possibilita a fala, a recepção dos sons e sua audibilidade; e, por outro lado, a compressão e expressão da linguagem oral, escrita e gestual. Nesse sentido, o fonoaudiólogo intervém nos distúrbios de comunicação, linguagem e fala de forma terapêutica e pedagógica ao longo de todo o ciclo de vida, ou seja, desde a infância até a idade adulta. As funções incluem estimulação, prevenção, avaliação e diagnóstico, intervenção terapêutica, aconselhamento, pesquisa e treinamento contínuo. De acordo com Peña-Casanova (2014), ele menciona que entre os distúrbios ou deficiências que são da competência do fonoaudiólogo estão: nos distúrbios da fala, os distúrbios da articulação: dislalia, apraxia da fala, disartria, disglossia, distúrbios da fluência, como a disfemia. Quanto aos distúrbios da voz: educação vocal, distúrbios de disfonia, respiração, distúrbios de ressonância.
Nessa ordem de ideias, o Terapeuta da Linguagem intervém na compreensão e na expressão da linguagem: fonética, fonologia, morfossintaxe, semântica, pragmática, atraso de linguagem, dislexia, afasia, transtorno específico de linguagem (TEA), transtornos do espectro do autismo (TEA), transtornos de linguagem na deficiência intelectual e transtornos invasivos do desenvolvimento (TDP). Da mesma forma, entre os cuidados oferecidos pelo especialista estão as deficiências provenientes da cognição humana, como atenção, memória, distúrbios associados a processos degenerativos, deterioração da comunicação devido ao envelhecimento, distúrbios neurodegenerativos infecciosos e demência, distúrbios estruturais relacionados às funções orofaciais verbais e não verbais, como respiração, processo de alimentação que inclui: mastigação, sucção, deglutição e disfagia, fonação e articulação. Da mesma forma, tem conhecimento sobre audição: percepção auditiva, dificuldades de linguagem, fala e voz devido à presbiacusia, perda auditiva condutiva, perda auditiva neurossensorial; programação e uso das ajudas técnicas apropriadas para cada caso. Para a realização de sua prática profissional, o terapeuta conta com o apoio de outras profissões que, de forma interdisciplinar, atuam nos distúrbios de comunicação, linguagem, fala e voz, melhorando ou curando a condição de saúde apresentada, intervindo de forma integral, tais como: otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, neurologista, psicólogo, psicólogo, psiquiatra, terapeuta corporal, pedagogo, neuropsicólogo, ortodontista, pediatra, bucomaxilofacial e linguista (Peña-Casanova, 2014). Como resultado das tendências atuais em nossa sociedade, geradas pelo acesso quase imediato aos últimos avanços em comunicação, ciência e tecnologia, a população mundial tende a seguir o modelo de prevenção em vez de cura, de modo que o fonoaudiólogo expandiu seu trabalho para a atenção de grupos ou profissionais que fizeram da comunicação, da linguagem, da fala, da voz e da pronúncia sua principal ferramenta de trabalho; É o caso de cantores, locutores, professores, atores, entre outros; com isso, o campo de atuação da Fonoaudiologia se ampliou, resultando em benefícios para o profissional.
Referências Gómez Taibo. M. L. (2020) Comunicación simbólica; Comunicación aumentativa y alternativa. Ediciones Pirámide. Nolla, A. y Tàpias, A. (2015) La logopedia. Barcelona. Editorial UOC. Peña-Casanova, J. (2014) Manual de logopedia. Elsevier España, S.L.
Sobre la autora Dra. María Jiménez Docente y Psicóloga Clínica. Licenciada en Educación. Maestría en Psicología. Dra. en Ciencias de la Educación.