31 de agosto de 2021, Mariela Carrasco

LEGO Education

Há escolas que apostam por um modelo inovador, integrando diversos conceitos e teorias como as inteligências múltiplas de Gardner ou a aprendizagem significativa, para dar forma a um novo modelo de ensino e novas atividades.

Hoje em dia, o sistema educacional atual baseia-se em sua maioria em um modelo padronizado e igual para todos. Por outro lado, há escolas que apostam por um modelo inovador, integrando diversos conceitos e teorias como as inteligências múltiplas de Gardner ou a aprendizagem significativa, para dar forma a um novo modelo de ensino e novas atividades. LEGO Education é uma das atividades propostas e, embora nos concentremos apenas na etapa infantil, possui várias alternativas para os mais velhos. Como mencionado, pretende-se integrar a aprendizagem significativa, ou seja, que se aprenda experimentando e descobrindo por conta própria, pois assim se consegue lembrar, a longo prazo, de um percentual muito maior do que lendo o conteúdo ou ouvindo o professor. Para isso, LEGO Education tem um modelo chamado Four Cs (Quatro Cs), que consiste em:
Conectar. Nesta fase, é apresentado um problema ou uma tarefa a ser concluída para as crianças, incentivando-as a buscar soluções, fazer perguntas e imaginar diferentes possibilidades antes de começar. Construir. Logicamente, há uma fase de construção, na qual existem dois tipos de construções. Em uma, as crianças constroem artefatos do dia a dia, permitindo-lhes conhecer o funcionamento básico desses objetos. Na segunda, podem criar artefatos mais complexos, que proporcionarão mais conhecimento, fechando assim um círculo virtuoso. Contemplar. É hora de falar sobre o que aprendemos na fase de construção e compartilhar esses conhecimentos ou ideias com nossos colegas. Continuar. Cada tarefa termina com uma nova atividade em que se usa tudo o que foi aprendido para manter um estado de motivação intrínseca. Todas essas tarefas são realizadas em grupos de 2 ou 3 crianças, para fomentar a comunicação e a aprendizagem, já que as soluções muitas vezes serão melhores quando trabalhadas em equipe. As construções são feitas de maneira que a primeira criança fornece as peças (2 ou 3 peças) para a segunda colocar, uma vez colocadas, os papéis são trocados. No caso dos grupos com três crianças, a terceira revisa se as peças estão bem colocadas e os papéis giram da mesma forma. Assim, essas atividades são uma boa motivação tanto para as crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), devido ao material e à temática de aprendizado (lógica e mecânica) que costumam agradar-lhes, quanto para os responsáveis pelo bem-estar dessas crianças, pois trabalham habilidades sociais (turnos de fala, bons modos, olhar nos olhos…) de uma maneira mais dinâmica e divertida, mantendo a motivação.
Além de ter esses materiais focados no aprendizado lógico e mecânico, apresentam outros muito interessantes para nossa terapia, como o StoryTales (para maiores de 2 anos), o StoryStarter (para maiores de 6 anos) e o BuildToExpress (para maiores de 6 anos). Os dois primeiros são pensados para acentuar a imaginação com construções que relatam histórias criadas pelas crianças. O terceiro trabalha (além da imaginação) as metáforas e a expressão emocional através de construções coloridas. Esses últimos materiais mencionados permitem ao terapeuta (com as habilidades adequadas) extrair muita informação das histórias que as crianças contam e das projeções que realizam.
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