O que é o neuromanagement? O Neuromanagement é a disciplina das Neurociências aplicada à gestão das organizações, que estuda os processos neurobiológicos que afetam a tomada de decisões, a liderança e o desenvolvimento de competências individuais e coletivas dentro de uma organização, e, consequentemente, a gestão integrada do talento humano da mesma. Nos últimos anos, o neuromanagement tem experimentado um crescimento exponencial, de maneira que surgiu a necessidade de formar um novo tipo de líder com formação como a Mestrado em Neuromanagement e Gestão do Talento. Fatores neuropsicológicos ligados à gestão do talento humano de uma organização Na hora de gerir o talento humano de uma organização devem-se ter em conta 4 fatores neuropsicológicos básicos. Primeiramente, está a melhoria dos denominados “instantes de atenção consciente”. Neste ponto, os investigadores partem da premissa de que o processo de atenção é individual, embora tenham em conta que um diretor pode induzir determinados inputs aos seus colaboradores com o objetivo de melhorar a intensidade e o foco da sua atenção nas mensagens transmitidas. Por outro lado, temos a denominada “neuroplasticidade autodirigida”. Nesta ocasião, os especialistas em neuromanagement acreditam que um ser humano pode ser capaz, através de um adequado treinamento mental, de otimizar a “atenção consciente”, modificando de forma intencional os seus mapas mentais para obter melhores resultados de desempenho. Além disso, isso leva a uma maior abertura a novas ideias. Em terceiro lugar, temos os denominados “insights”, uma ferramenta que consiste em otimizar de forma consciente o grau de concentração de um indivíduo com a finalidade de afastar todos aqueles fatores internos e externos que possam interferir numa tomada de decisões, num processo de comunicação, no exercício de uma liderança efetiva ou numa adequada gestão do pessoal. Por fim, encontramos os neurônios espelho, cuja finalidade é refletir o comportamento de outro indivíduo, de modo que, se, por exemplo, vemos que o colaborador ao lado ri às gargalhadas, nossos neurônios espelho serão ativados provocando assim que, inconscientemente, sorriamos, pelo menos. No entanto, os neurônios espelho podem ser considerados uma arma de dois gumes, já que o efeito imitativo pode trazer-nos problemas se não controlarmos adequadamente os nossos próprios neurônios. Ferramentas de gestão do talento humano As ferramentas que se usam para gerir o talento humano de uma organização são muitas e variadas, desde o A.D.P.T. (Análise e Descrição de postos de trabalho), cujo objetivo é decompor um posto de trabalho em funções, tarefas, perfis, responsabilidades e outros itens, com a finalidade de poder adequar melhor a pessoa ao posto que desempenha; passando pelo Recrutamento e Seleção de pessoal; a Avaliação do Desempenho e Potencial do trabalhador; a planificação da comunicação interna nas organizações; a valorização económica de postos de trabalho; o treinamento; a planificação da formação e até mesmo a acolhida do trabalhador na organização. A importância de gerir adequadamente o talento humano de uma organização Partamos da seguinte premissa. Uma organização é gerada, trabalha e se desenvolve mediante a utilização de diferentes recursos como os materiais (edifícios, mobiliário, matérias-primas…), os recursos técnicos (sistemas de produção, patentes, marcas, sistemas de vendas…) e, claro, os recursos financeiros (empréstimos, aportes de sócios, leasings, ações…). No entanto, o recurso mais complexo de administrar é o recurso humano, já que as pessoas somos complicadas, volúveis e totalmente imprevisíveis. Por isso, é de vital importância que os dirigentes de qualquer organização tenham em conta esses precedentes sob a premissa de que os recursos humanos são os mais valiosos simplesmente pela capacidade que têm de inovar, gerir mudanças, criar novos produtos e serviços e, em última análise, de manter a atividade tanto financeira quanto produtiva da organização. Trabalhar dentro da função de recursos humanos, seja como diretor, responsável ou pessoal envolvido na gestão do talento, exige o desenvolvimento de uma série de habilidades que têm um importante componente psicológico e que obrigam a reforçar todas as nossas ferramentas de neuromanagement, as quais nos permitirão controlar de forma mais adequada os nossos impulsos cerebrais e, sobretudo, a luta da razão contra as nossas emoções. A importância de trabalhar as habilidades de cada trabalhador Precisamente, é importante trabalhar nas habilidades de cada trabalhador e obter o maior rendimento de cada um, já que se trata do fator base que garante o sucesso de qualquer organização. Se partirmos da premissa de que toda pessoa tem uma série de habilidades que, em ocasiões, desconhece, seguramente serão capazes de aportar ideias que poderiam trazer grandes benefícios para a organização em questão. Além disso, as teorias da gestão do conhecimento e do neuromanagement propugnam a utilização do potencial humano em benefício das organizações, optando por estruturas organizativas cada vez mais planas, nas quais qualquer membro pode ser capaz de aportar ideias e qualquer membro da organização tem o direito de que essas ideias sejam ouvidas, ponderadas e colocadas em prática se valerem a pena. Para isso, é função do comando diretivo conhecer tanto os pontos fortes de uma pessoa, quanto os seus pontos fracos, assim como esquecer-se de táticas paternalistas, estimular a empatia no grupo de trabalho, gerar ideias e contribuir com a equipe. Podemos concluir com a ideia de que um sistema de avaliação do potencial do trabalhador adequado ajuda a trazer à tona todas as habilidades que uma pessoa pode aportar à organização.
