10 de setembro de 2021, Mariela Carrasco
Dislexia, conhecimento e intervenção
Estima-se que 10% dos alunos têm dislexia. Ainda assim, a cifra subiria perigosamente se fosse detectada com maior precisão, já que a imensa maioria dos casos é rotulada como alunos preguiçosos, desatentos e desmotivados.

Dislexia e fracasso escolar Infelizmente, muitos dos alunos com dislexia não recebem a intervenção psicopedagógica nem fonoaudiológica necessária para reabilitar suas dificuldades e continuar avançando em sua aprendizagem, motivados e com boa autoestima. Muitos deles passam despercebidos, sendo avaliados da mesma forma que os demais colegas e não recebem a intervenção baseada em suas necessidades educativas. Esses alunos têm baixo autoconceito, pensam que não são capazes de estudar, muitos abandonam os estudos ou terminam o ensino básico e deixam de estudar. Nesse ponto, é vital tomar consciência e se formar no conhecimento da dislexia. Os psicopedagogos e fonoaudiólogos que trabalhamos com alunos precisamos saber detectar a dislexia, quais testes padronizados são utilizados e como fazer uma intervenção educativa de acordo com as necessidades dos alunos. Da mesma forma, os professores precisam receber a formação necessária para saber identificar os indicadores da dislexia e saber encaminhar ao psicopedagogo ou fonoaudiólogo. É importante explicar à família o que é a dislexia do seu filho e transmitir tranquilidade e esperança, pois um aluno com dislexia é capaz de seguir o mesmo processo de aprendizagem que os demais colegas, terminar os estudos com um bom perfil profissional e ter boa autoestima e motivação. Isso, claro, sempre que se respeite sua diversidade, se adequem as orientações educativas necessárias e ele receba o apoio escolar, psicopedagógico e familiar.